sexta-feira, 3 de julho de 2009

Teste da Honda CRF450R 2009

Teste feito pelo pessoal do MotoX:

"Se você andar devagar não vai gostar da moto". Esse foi o único conselho que ouvi de Wilson Yasuda, chefe da equipe Honda, assim que vesti meu equipamento. Estava prestes a aproveitar uma oportunidade única, experimentar a versão 2009 da CRF450R de Leandro Silva, líder do Brasileiro de Motocross MX1. Afinal não é todo dia que podemos pilotar uma moto "de fábrica".

As motos da equipe Honda brasileira são preparadas com informações direto da fonte, ou seja, do HRC (Honda Racing Corporation) o departamento de competições da matriz japonesa. A equipe brasileira também mantém um estreito contato com a equipe italiana Martin Racing, oficial Honda no Mundial de Motocross, onde o chefe de preparação é o também brasileiro MarcusFreitas.

A preparação da moto de Leandro Silva tem um mix de peças comuns, disponíveis ao público em geral, e equipamentos que não se compra por preço nenhum, os quais apenas as equipes de fábrica têm acesso. E neste ano novamente a equipe teve na pré-temporada o auxílio de um engenheiro, enviado especialmente da matriz, no trabalho de ajuste que rende frutos por todo o campeonato.

Tirando os adesivos da equipe oficial, visualmente a motocicleta não chama mais atenção do que o modelo original. O que mais salta aos olhos é o escape Yoshimura, nota-se também o disco de freio maior na dianteira com um conjunto da Master. Os olhares mais atentos percebem que as suspensões são fornecidas pela Showa e não Kayaba como na moto original.

Está aí a primeira grande diferença entre as motos do Team Honda e a dos meros mortais. A Showa forneceu o que se chama de "Kit A". Um jogo de suspensões que só fica atrás dos protótipos usados no Mundial e no Japão. Esse Kit A não se compra por dinheiro nenhum do mundo, para consegui-lo só fazendo parte do departamento de competições de uma filial Honda em seu país.

No campo do motor, aqui mesmo no Brasil, o cabeçote recebeu um trabalho para a melhora do fluxo da mistura de combustível complementado por outro equipamento exclusivo: um comando de válvulas HRC. É usado também um pistão forjado que eleva a taxa de compressão de 12:1 para 13:1.

A injeção eletrônica, uma das principais novidades do modelo 2009, recebeu atenção especial. Via software é possível ajustar exatamente tanto a mistura de combustível como o avanço do CDI em cada faixa de rotação desejada. Com isso a equipe consegue entregar um motor de características únicas conforme o estilo de pilotagem de cada piloto. Assim como a moto de Leandro Silva, a de Wellington Garcia tem seu ajuste pessoal e o mesmo vale para as unidades de Marcello Ratinho Lima, Swian Zanoni, Thales Vilardi ou Jean Ramos.

O kit para ajuste da injeção é vendido como opcional do modelo 2009 e apesar da grande faixa de ajustes disponíveis o software limita as alterações possíveis de modo a evitar que o usuário cause danos ao motor. Existe também um "botão de pânico" que retorna os ajustes para o padrão de fábrica caso o preparador perca o rumo nas alterações.

Reportagem completa no http://www.motox.com.br/Publix/?id=3461

Nenhum comentário:

Postar um comentário